A Inteligência Artificial (IA) já preenche documentos de um dos maiores bancos do mundo. O JPMorgan Chase já gerou uma apresentadora hiper-realista de um programa de televisão em Espanha, entre outros prodígios, mas Rogério Canhoto assegura que não vai substituir o trabalho dos humanos, mas aliviar o seu fardo no escritório.
“Quando me perguntam se vão perder o emprego para a IA, a resposta que dou é “não”. Mas que o vão perder para quem utilizar melhor a inteligência artificial”, contou o antigo administrador da PHC Software a um auditório de cerca de 300 pessoas em Vila Nova de Gaia, no âmbito da 1.ª Convenção da Rede Doutor Finanças.
Ainda assim, o também professor convidado no ISCTE Executive Education reconhece que “a IA está a remodelar o mercado de trabalho” e que os “principais gestores acreditam que esta é uma vantagem competitiva”, como o CEO da Alphabet, Sundar Pichai,- a casa-mãe da Google – que chegou a comparar esta tecnologia de ponta com a descoberta do fogo e da eletricidade.
Isto significa que “podemos olhar para a IA quase como um super poder, para sermos mais produtivos”, pelo que a “lógica não é dispensar a nossa equipa, mas dar um salto qualitativo”.
Os números do MIT Economics, publicados em março de 2023, são claros: as ferramentas de IA aumentam a produtividade em 37% e qualidade em 20%.
Apenas 1% das empresas utiliza IA na sua plenitude
A utilização de IA é urgente, sobretudo numa sociedade cada vez mais digital como a nossa. Rogério Canhoto recordou que “quase 6 mil milhões de pessoas estão ligadas à internet, e destas, 64% às redes sociais“. No entanto, as empresas ainda não usufruem de todo o potencial da IA para atingir novos clientes.
“Apenas 1% das empresas estão a usar IA na sua plenitude”, refere o responsável, citando um estudo da MCkinsey. No entanto, o que não faltam são instrumentos ligados a esta nova tecnologia e tarefas que podem ser desempenhadas por esta tecnologia.
O responsável explicou que a IA generativa, de que o ChatGPT é um dos principais embaixadores, criou uma série de oportunidades para as pequenas e médias empresas (PME). Já do lado dos particulares, Rogério Canhoto aconselhou a uma maior formação nesta área – e sem gastar um cêntimo – através de cursos gratuitos oferecidos por grandes tecnológicas como a IBM ou a OpenAI (criadora do ChatGPT).